domingo, 19 de junho de 2011

PROJETO "TAMBOLANDO" INAUGURA SALA DE LEITURA NO JARDIM LEME

PROJETO TAMBOLANO

As mãos do povo reconstruindo o país

Povo lindo, povo inteligente,
como eu disse, as boas notícias não param de chegar, e neste sábado, ela vem da periferia de Taboão da Serra, mas precisamente no bairro do Jardim Leme, quebrada da Ponte pretam, a firma e do Záfrica Brasil.
O Projeto Tambolando, liderado pelo mestre Osvaldinho Teixeira acaba de inaugurar uma sala de leitura/biblioteca bem no coração do bairro. Fui lá levar o meu apoio e alguns livros de poesia para fortalecer o biblioteca. Lá estava também Tião Soares da fundação Setubal, que também foi indicado ao prêmio Betinho. Gente finíssima.
Sei lá, posso até otimista demais, mas é que as coisas não para de acontecer, e em todos os lugares e quebradas.
Povo lindo, é o próprio povo, e com as próprias mãos é que está fazendo bibliotecas, salas de leitura e tudo quanto é tipo de projeto cultural pelo país. O bagulho está vindo debaixo para cima.
Sei não, estou começando a acreditar numa virada ... E você, vai perder o trem da história?
Quem quer caminhar, caminha.
Tamo junto.
Sérgio Vaz.

Tião Soares, Mestre Osvaldinho

Paiol das idéias


Os mestres

Grupo Tambolano

terça-feira, 14 de junho de 2011

KPOSU




                   


KPOSU

É um vòdún pouco conhecido e cultuado aqui no Brasil. São poucas as casas de djèdjè que sabem sua origem e seu verdadeiro culto. Kpòsú trata-se de uma sociedade dentro do culto aos vòdúns. A tradução da palavra kpòsú (lê-se Pòsú ou Pòsún) é pantera macho ou homem pantera. Dizem os ítàns que da união da princesa Álígbònò com uma pantera chamada Gbèkpò nasceu Yíègú. Yìegú Tènú Gesú formou um exército chamado kpòvíllè (os filhos da pantera) para tomar o reino de Àjá- Tàdò e ali deixou seu nome marcado na história, ganhando o título de Gáú Kpòsú(o general pantera) ou para nós apenas Kpòsú. Após a retomada do reino de Àjá-Tádò, os filhos de Yíègú vão para o sul e fundam o reino de Dàhòmèy. Com essa explicação, podemos ver que Kpòsú não é apenas um vòdún expecífico mas, também um título dado aos descendentes de Yíègú. Por isso, o culto a Kpòsú também é uma sociedade onde, inicialmente, só se inicia Kpòsú quem também for de Kpòsú ou fazer parte desta sociedade. Kpòsú é tido tanto como um vòdún do panteão do trovão quanto do panteão da terra pois, em ambos os panteões existem vòdúns que obtiveram esse título. Aqui no rio, muito se confunde Kpòsú com Òmòlú ou como qualidade do mesmo o que, está errado pois, Kpòsú é um vòdún independente, com seu próprio culto e muitas fundamentações que o difere do mesmo. Tal confusão, dá-se pelo fato de Kpòsú usar ráfia de palha da costa cobrindo seu rosto como todo vòdún da dinastia real. Kpòsú representa a agilidade, a esperteza, a caça. Assim como a pantera, Kpòsú tem todas suas oferendas e sacrifícios feitos de madrugada. É um vòdún de extrema importância, sendo o senhor do Áríàsé de algumas casas de djèdjè. Seus rituais são ligados a Áyízàn e a cerimônia de mutação dos vòdúns onde Kpòsú tem a permissão de se transformar em pantera.Nas danças rituais, os adeptos dançam para kpòsú como se tivessem com garras na mão, lembrando a origem desse grande vòdún e deixando bem claro a sua natureza. Sem dúvida nenhuma, um vòdún de extremo respeito e, que não podemos deixar seu culto morrer, passando seu culto, assim como nossos ancestrais, de geração para geração.
Kpɔ̀sú (O homem-pantera) é um vòdún velho, o tratamento vovô é uma forma de carinho para com ele, na relidade ele é filho de Kpɔ̀(Pó), a pantera, tida no Togo como uma das manifestações de Khebioso (Hevioso) dentro da floresta. Ele nasceu meio homem e meio animal e com forte instinto da parte felina, tanto que sua esposa teve que consultar o oráculo de Fá com um bokonon para ver o que podia fazer para diminuir a agressividade dele para que pudesse governar com mais equilíbrio, conta o dù Letegbe, e lhe foi dito que fizesse uma corôa de penas vermelhas de papagaio e adornasse a cabeça de Kpɔ̀sú dizendo certas palavras, e assim ela o fez, afastando dele a fúria da pantera, e pode bem governar seu reino. Esta coroa é conhecida como a coroa de Da Daho, o pai do Dahomé, sinônimo de Kpɔ̀sú que é um termo empregado em substituição ao de filho bastardo (Agasú), e de matador de Aja (Ajahuto), ela adorna até hoje as cabeças dos seguidores do culto de Hevioso na África do Oeste.

CARATERÍSTICAS DE SEUS FILHOS:


·                     São extremamente fechados e observadores, de poucos amigos e os poucos que possui, deles exigem fiel amizade.
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·                     São calados e sisudos, em geral possuem um beleza muito diferente da convencional, pois está embutida no todo e não exatamente em corpo ou rosto, em simpatia ou inteligência, a beleza dos filhos de Kposun está distribuída e não é muito visível.
·                     São contraditórios e não se deixam levar à toa pelos boatos.